09 outubro, 2012

M-learning e Educação Corporativa: Anywhere, anytime, anyplace




A globalização trouxe com ela, além da velocidade dos avanços tecnológicos e da informação, muitos desafios para as organizações que buscam incessantemente por caminhos para aumentar sua competitividade.
Diante deste cenário, chegaram ao Brasil nos anos 90 as universidades corporativas, centros de treinamentos onde são disponibilizados conhecimentos de acordo com a necessidade das empresas para a qualificação de profissionais e assim alcançarem um grande diferencial competitivo. Elas atendem principalmente empresas de grande porte como a Natura, a Claro, a Vivo, a Fiat , Banco Itaú, Caterpillar, Banco Votorantim, Siemens, entre outras.
O conhecimento tornou-se essencial para o desenvolvimento do processo de produção, gerando empresas sustentáveis financeiramente bem como a manutenção de sua posição em um mercado agressivo, mutável e imprevisível.
Aprender, desaprender e aprender novamente. Processo simultaneamente doloroso e prazeroso, muitas vezes aterrorizante no mundo do trabalho. Desconstruir práticas antes consagradas traz incertezas e ansiedade porém desperta também a paixão por novas descobertas, outros caminhos não imaginados para o saber fazer. Destaca-se no mercado a empresa que tem maior capacidade de aprendizagem e de criação de novos conhecimentos. Reter talentos é fundamental e os profissionais almejam trabalhar em empresas que ofereçam perspectivas de futuro, apostem na meritocracia e sejam parceiras de fato na formação acadêmica e profissional.
Algumas delas já implementaram seus treinamentos utilizando plataformas dentro da modalidade m-learning disponibilizando conteúdos através de smartphones, tablets, e-readers e outros dispositivos móveis. Apesar da desconfiança com que é vista, natural a toda nova modalidade que representa principalmente quebra de paradigmas, o m-learning está em franca expansão, principalmente por oferecer baixos custos de implantação e manutenção e por oferecer acessibilidade a qualquer momento, transformando-a também em uma interessante estratégia de marketing. A Universidade Corporativa Sadia é um exemplo bem sucedido do uso do e-learning na educação corporativa, com mais de 60.000 colaboradores em todo o país, a empresa viu no e-learning a saída para qualificar seus colaboradores e tornar-se mais competitiva.
Outro exemplo é o Sesi Paraná que também optou pelo e-learning e o m-learning. Através de pílulas de conhecimento enviadas por sms, quizzes de conteúdo, consulta e envio de arquivos, fórum, sistema de mensagens e conteúdos adequados ao mobile learning, a empresa deu mobilidade aos usuários do seu sistema virtual de aprendizagem.
Alguns especialistas desacreditam da eficiência do m-learning por enxergarem na falta de controle da informação um risco e por temerem problemas entre a legislação e o ensino pervasivo, imaginando possíveis complicações jurídicas, ignorando os mecanismos que a empresa pode utilizar para se preservar. Desconsideram a ampla variedade de oportunidades de aprendizagem devido à flexibilização que a modalidade oferece na relação espaço/ tempo/ custos, seu papel motivador e à complementaridade, posto que seu uso é subjacente à outras metodologias, ou seja, não exclui outras práticas.

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